segunda-feira, 10 de março de 2008

Caros Acadêmicos Pós graduandos do IESF/FUNLEC/SEMED/Campo Grande

Primeiramente, parabéns pelo cumprimento da tarefa dentro do prazo estipulado. Pesquisador iniciante deve estar atendo aos prazos e cronogramas. Aproveito a oportunidade para comunicar que aqueles que ainda não entregaram o seus projetos de pesquisa, uma via para o orientador (que deverá ser entregue para Angela Britto) e uma via encaminhar no e-mail da prof{ Bazé para correção e nota final da disciplina e até 4ª feira outra via no IESF.
Outrossim, reforço, que o Seminário de Pesquisa, conforme já comunicado ficou para dia 15/03 período matutino das 7.30min às 12h no IESF. Quem não entregou projeto não tem como participar do Seminário, pois o mesmo tem por finalidade realizar o primeiro contato com o orientador. Portanto, nesta data já estaremos atuando em grupo, ou seja, por Linhas de Pesquisa, sendo cada grupo com o seu orientador. Você não pode deixar em hipótese alguma de participar do Seminário.
Segue anexo, listagem dos alunos que postaram projetos para avaliação (via da professora Bazé). Gentileza verificar se o seu projeto consta da listagem, caso você tenha realizado a entrega. Qualquer dúvida, entrar em contado via e-mail.
Um grande, abraço à todos.
Profª Terezinha Bazé


RELAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA – 2008
IEFS - FUNLEC




1
Gleicy Saad
A importância do Professor Leitor.
2
Gedilane Julião dos Santos
A influência da relação professor aluno na leitura e escrita em sala de aula.
3
Adriana Percilia Leite Recalde Rubio
Leitura e escrita de documentos oficiais – A interpretação equivocada desses documentos.
4
Elisabete Alves dos Santos
Utilizando o brincar no letramento nas séries iniciais de 4 a 6 anos.
5
Verenice Doerzbacher Augusto
Leitura como instrumento de superação de dificuldades na aprendizagem e como subsidio de uma escrita significativa.
6
Márcia Jurema Caramalac
Leitura: Desafio para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
7
Elizabeth Inácia Ferreira Martins
Indisciplina em sala de aula.
8
Patrícia Machado da Costa Morais
A formação de alunos leitores: um olhar sobre a prática pedagógica de professores de 4° e 5° ano do Ensino Fundamental na REME.
9
Eunice Coelho Cavalcante
Produção de texto e leituras no 2° ano do Ensino Fundamental.
10
Celly Rosaria Gonçalves de Oliveira
Marlene Duarte Gonçalves
Tânia Maria Nóbrega M. Moreira
O lúdico no processo de ensino e aprendizagem.
11
Marluce de Souza Lenz
Leitura e escrita: a importância da afetividade no desenvolvimento cognitivo da criança.
12
Ermelinda Bertuol
A meditação da leitura no desenvolvimento educacional do aluno com aspectos socioculturais.
13
Alaíde Maria de Melo Lopes
Descobrir novos horizontes para conscientizar leitura na sala dos alunos do 2° Ano do Ensino Fundamental
14
Silvania Hubner de Araújo
Fatores que interferem na freqüência dos alunos na educação de jovens e adultos.
15
Eliane da Silva Andrade
Irene Alves de Souza
A leitura e a escrita sob o discurso sócio-interacionista na Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel em turmas do 2° ano das séries iniciais do Ensino Fundamental.
16
Ana Maria Charles Martins
Evasão escolar e repetência.
17
Rose Suely Vicentini Pulcinelli
A literatura infantil na alfabetização de crianças do 1° ano do ensino fundamental, da Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel.
18
Aparecida de Souza Natividade
Leitura e literatura: práticas pedagógicas realizadas na Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel.
19
Maria Aparecida Borges Daniel
Altas Habilidades/superdotação: disseminando conhecimentos nas práticas pedagógicas e sociais.
20
Adalberto Santos do Nascimento
O uso de computadores na Avaliação de conteúdos bimestrais dos alunos de 4° ano da Escola Municipal Brígida Ferras Fóss.
21
Eliza Anacleto
A prática pedagógica do professor alfabetizador, relacionada à construção de um sentido na produção textual, realizada na Escola Municipal Professora Brígida Ferras Fóss.
22
Gilce de Freitas Homrich
A escolha do livro de alfabetização para alunos e professores do 2° Ano do Ensino Fundamental.
23
Lídia Regina Schineider Pereira
Elevar o índice de aprendizagem em matemática no 6° ano, turma C, do Ensino Fundamental na Escola Municipal Professor Arassuay Gomes de Castro, através da leitura.
24
Sebastiana Júlia Ferreira Andries
Portadores de necessidade especiais e a escola.
25
Olga de Mello Oshiro
Dificuldades de aprendizagem – Subsídios para o professor alfabetizador.
26
Elisangela Melo da Silva
O uso das tecnologias, com crianças de centros de educação infantil, como instrumento de inclusão escolar e social.
27
Josely Carla Segantini
Integração e motivação das crianças do 1° Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Profª Elizabel Maria Gomes Salles.
28
Kátia Eugênia Ribas Espíndola Barrios
A produção textual como fonte de alfabetização no 1° ano do Ensino Fundamental, um estudo de caso de uma escola da Rede Municipal do Município de Campo Grande/MS.
29
Kátia Cilene de Arruda Lopes Muniz
A contribuição da informática no processo de leitura e escrita dos alunos da 1ª e 2ª séries da E. M. Rodrigues Benfica.
30
Elaine Fernandes Lima
Atividades lúdicas na leitura e na escrita como instrumento de alfabetização com alunos de 2° ano do Ensino Fundamental.
31
Marli Miranda Domingos
O processo de inclusão do aluno com necessidades educativas especiais na Escola Municipal Elízio Ramirez Vieira.
32
Evanda Aparecida de Souza Higa
Auto-estima: Chave para o sucesso ou fracasso do aluno.
33
Bethânia Cristina de Oliveira
A influência da efetividade na construção do processo ensino-aprendizagem dos alunos de primeiro ano.
34
Dorca Mara Dagher dos Santos
Critérios de avaliação para as séries iniciais do Ensino Fundamental: um desafio para o professor.
35
Fernanda Cristina de Almeida
O uso da informática como recurso pedagógico nos processos de alfabetização dos alunos do 1° e 2° anos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prof° Luiz Cavallon.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Modelo de projeto - elementos fundamentais

Modelo feito coletivamente em sala de aula - FUNLEC
junto com a professora Bazé.
Tema:
A informática como recurso pedagógico na alfabetização


Título:
O uso da informática como recurso pedagógico na alfabetização de crianças de 1º da Escola Municipal “Nova Esperança” – Campo Grande


Problema:
De que forma os professores estão utilizando a informática presente nas escolas como recurso na alfabetização?


Hipótese:

Grande parte dos professores não utilizam a aula de informática como recurso de auxilio para alfabetização dos alunos. Os professores alfabetizadores utilizam a aula de informática com atividades que fazem pouca ligação com o processo de alfabetização das crianças. O planejamento do professor na aula de informática pouco contribui para a alfabetização dos alunos.


Justificativa:
Verifica-se hoje a grande influencia da informática na vida das pessoas. Os alunos, por sua vez, trazem conhecimentos prévios e interesses pelas tecnologias. Partindo do principio de que o ser humano aprende a partir daquilo que já conhece e pela qual se interessa, a informática torna-se um instrumento fundamental para propiciar a aprendizagem desses alunos. Por isso os governos implantaram dentro de muitas escolas laboratórios de informática como um dos novos recursos pedagógicos a serem utilizados pelos professores para auxiliar a aprendizagem dos alunos.
Desta forma, esta pesquisar se propõe a analisar como essa tecnologia tem sido utilizada por parte dos professores e alunos na alfabetização das crianças de 1º ano.


Objetivos
Geral: analisar como a informática tem sido utilizada pelos professores alfabetizadores no processo da alfabetização.

Específicos:
=> verificar através dos planejamentos a freqüência das aulas realizadas na sala de informática e se a mesma possui atividades de leitura e escrita;
=> Observar a execução das aulas ministradas na sala de informática
=> Analisar a relação entre os conteúdos estudados em sala de aula e as atividades realizadas na sala de informática, visando promover o processo da alfabetização.


Metodologia:
Inicialmente será feito o levantamento teórico sobre o tema e os seus principais autores.
Essa pesquisa será realizada na Escola Municipal Nova Esperança, com os educadores regentes do 1º ano do Ensino Fundamental. Serão elaborados e aplicados questionários para os professores referentes as atividades realizadas na sala de informática. Também serão feitas entrevistas gravadas e transcritas para se observar as dificuldades encontradas pelos educadores na execução das aulas. Análise dos planos de aula ministradas por esses professores na sala de informática.
Os levantamentos e registros coletados serão analisados e representados através de gráficos e tabelas. Por ser uma pesquisa ação, a mesma vai intervir através de oficinas que contribuam para a melhoria da prática alfabetizadora dos sujeitos envolvidos.


Cronograma
ATIVIDADES / PERÍODOS J F M A M J J A S O
1Levantamento Teórico X
2Montagem do Projeto X X
3Coleta de dados X X X
4Tratamento dos dados X X X X
5Elaboração do Relatório Final X X X
6Revisão do texto X
7Entrega do trabalho X

NORMAS DA ABNT PARA A FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA - NBR 15287: 2005

Profa. Terezinha Bazé de Lima


Um trabalho é composto de diversas partes, as quais denominamos de elementos. Os trabalhos tipos TCC são constituídos dos elementos apresentados no quadro 2, entretanto, dependendo do trabalho poderão conter todos os elementos ou apenas alguns. Daí porque alguns elementos são obrigatórios (todo trabalho deve conte-los), enquanto outros são opcionais. Na fase de projeto devem conter os seguintes itens abaixo:

Quadro 1 – Disposição de elementos do Projeto de Pesquisa
Estrutura
Elemento
Exigência

Pré-textuais
Capa = Obrigatório
Folha de rosto = Obrigatório
Errata = Opcional
Lista de tabelas = Opcional
Lista de abreviaturas e siglas = Opcional
Lista de símbolos = Opcional
Sumário = Obrigatório

Textuais
Introdução = Obrigatório
Objetivos = Obrigatório
Justificativa = Obrigatório
Hipótese = Obrigatório
Referencial Teórico = Obrigatório
Metodologia = Obrigatório
Cronograma de Execução da Pesquisa = Obrigatório
Orçamento = Obrigatório



Pós-textuais
Referências = Obrigatório
Glossário = Opcional
Apêndice(s) = Opcional
Anexo(s) = Opcional



1. Normas para redação dos Projetos de Pesquisa

1- Apresentar o texto obedecendo ao seguinte padrão:

1.1 – Digitação: Programa Word for Windows 6.0

Quadro 2 – Normatização De Formatação do Trabalho Científico

Tamanho do papel = A4

Margem superior = 3,0cm

Margem Inferior = 2,0cm

Margem Esquerda = 3,0cm

Margem Direita = 2,0cm

Fonte = Times New Roman

Tamanho de letras = 12 pontos

Espaçamento entre linhas = 1,5 linha

Espaçamento entre parágrafos = 1,5 linha

Alinhamento = Justificado

Parágrafo = A primeira linha de cada parágrafo deve ter recuo à esquerda de 1,5 cm.

Espaçamento entre títulos ou subtítulos = Os títulos das seções devem ser separados do texto que os precede e/ou que os sucede por uma entrelinha de 2 espaços 1,5 cm.

Páginas - numeração
As páginas deverão ser contadas para numeração a partir da contra capa, entretanto os números deverão ser impressos a partir da introdução, superior e a direita, em algarismos arábicos.
Se houver apêndice e anexo, as folhas devem ser numeradas e paginadas seguindo a seqüência.


NORMAS PARA FORMATAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO

O autor é responsável pela observação dos padrões e normas relativas à apresentação gráfica do trabalho didático.
Recomendam-se as seguintes diretrizes:

ä Formato: (NBR 14724/02, seção 5.1):
O texto deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (21cm x 29,7 cm).
Digitado no anverso da folha, em tinta cor preta, com exceção de ilustrações.
Para a digitação, utiliza-se fonte Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 10 para citações longas, notas de rodapé, legenda das ilustrações e tabelas.
ä Margem (NBR 14724/02, seção 5.2 e NBR 10520/02, seção 5.3):
Superior: 3 cm
Esquerda: 3 cm
Inferior: 2 cm
Direita: 2 cm
Margem de parágrafo: 1,5 cm a partir da margem esquerda
Margem de citação longa: 4,0 cm a partir da margem esquerda

ä Espaçamento (NBR 14724/025, seção 5.3):
Espaçamento 1,5 cm: para o corpo do texto.
Espaçamento simples: para citações longas, bibliografia, ficha catalográficas e legendas
Entre as referências – espaço 1,5cm.
Entre títulos das seções e subseções e o texto que os sucede e precede – dois espaços 1,5cm.
Entre indicativo numérico e título de seções e subseções – 1 espaço de caractere.

ä Títulos ou capítulos das partes:
Devem ser separados do texto que os precede e devem ser iniciados em folha própria não numerada, digitados em espaço 1,5cm, centralizado e em negrito.
Os títulos de cada seção devem ser sempre precedidos de um indicativo (número ou grupo numérico) representado por algarismos arábicos e usados seqüentemente a partir de 1 (um).

ä Paginação (NBR 14724/02, seção 5.4 e 5.5):
Conta-se todas as folhas a partir da folha de rosto.
Numeração deve aparecer em algarismos arábicos e é registrada apenas a partir da primeira folha da parte textual. Incluindo-se de forma contínua, apêndices e anexos, se houver. O número das folhas deverá figurar ao alto, em fonte tamanho 10, a 2,0 cm da borda superior direita, fazendo-se coincidir o último algarismo com a margem direita do texto.

Obs. Os títulos sem indicação numérico (errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário, referências, glossário, apêndices, anexos e índice) – devem ser centralizados.



NORMAS PARA CITAÇÃO E NOTAS DE RODAPÉ

ä Notas de rodapé:

Notas de rodapé são as que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas. Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarrega-los. Podem ser:

a) notas de conteúdo, que evitam explicações longas dentro do texto, prejudiciais à linha de argumentação, podendo incluir uma ou mais referências;
b) notas de referência, que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado;
c) notas de esclarecimento ou explicativas são usadas para apresentação de comentários, explanações ou traduções que não possam ser incluídas no texto por interromper a linha de pensamento. Devem ser breves, sucintas e claras.

Sempre que for utilizar notas de rodapé, deve se observar o seguinte:
a) a chamada é feita por algarismos arábicos, colocados entre parenteses, entre colchetes ou acima da linha do texto;
b) a numeração das notas de rodapé é sempre em ordem crescente dentro do mesmo documento;
c) no texto, o número deve figurar após o sinal de pontuação que encerra uma citação direta, ou após o termo a que se refere;
d) a nota de rodapé deve ser escrita em espaço simples e letra menor que a do texto;
e) entre uma nota e outra se observa o espaço duplo.

Se o autor é citado várias vezes no texto, na primeira nota, coloca-se a citação da obra com referência completa. Na segunda, insere-se a expressão latina ibidem ou ibid (= na mesma obra), que indica que a obra citada é a mesma imediatamente anterior. Deve ser indicada na mesma página ou folha de citação a que se refere.
A expressão idem ou id. Aponta obras do mesmo autor anteriormente citado. Indica-se na mesma página ou folha de citação a que se refere.
A expressão op. cit. (= obra citada) é usada no caso de ocorrerem citações que se repetem, mas intermediadas por outros autores. Indica-se na mesma página ou folha da citação a que se refere.
A expressão apud (= citado por, segundo, conforme) indica um autor citado por outro autor.


ä Citações:
A Norma Brasileira Registrada/NBR 10520, da Associação Brasileira de Normas Técnicas / ABNT, fixa as condições exigíveis para a representação de citações de documentos (ABNT 2002).

Segundo a referida NBR, denomina-se citação a menção, no texto, de informação colhida de outra fonte, para esclarecimentos do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma, ou seja, para corroborar as idéias desenvolvidas pelo autor ao decorrer do seu raciocínio.
As citações podem ser diretas ou indiretas e sua obtenção pode ser dada por meio de documentos ou canais informais. As fontes tiradas as citações devem ser indicadas, no texto, por um sistema numérico ou autor-data.

Tipos e formas de citação.
a) Citação direta: é a transcrição literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia, pontuação, uso de maiúsculas e minúsculas e idioma. É usada somente quando um pensamento significativo for particularmente bem expresso, ou quando for absolutamente necessário e essencial transcrever as palavras do autor.
- Citação curtas (de até três linhas): transcritas entre aspas, incorporadas ao texto, sem destaque tipográfico, com indicação das fontes de onde foram retiradas, conforme de sistema de chamada adotado.
Exemplo:
Na análise dos qualitativos, a ênfase no significado que os indivíduos atribuem às experiências ou fenômenos é indispensável, com bem destaca Minayo (1999, p.11), enfatizando que “[...]quando se trata da análise dos achados das pesquisas de desenho qualitativo, sua concentração nos significados é absoluta”

- Citações longas (com mais de três linhas): deve aparecer em parágrafo distinto, a quatro centímetros da margem do texto, recuo da margem esquerda, terminando na margem direita. Deve ser apresentada sem aspas, grafada em tipo tamanho 10 e com espaçamento simples de entrelinhas, de acordo com a NBR /14742 (2001).
Exemplo:
O fato do mercado de trabalho ter evidentemente se tornado um sistema inadequado para resolver ao mesmo tempo o problema da produção e da distribuição naturalmente não justifica sentimentos de triunfo inspirados pelas teorias da crise ou do colapso. Isto porque não há perspectiva de uma lógica alternativa de utilização e manutenção da força de trabalho (com a qual a teoria marxista da crise implicitamente sempre contou); ao contrário, predomina algo mais semelhante a um desamparo estrutural. (OFFE, 1994, p.85).

Omissões em citação: são permitidas quando não alteram o sentido do texto ou frase. São indicadas pelo uso de reticências, entre ou barras [...]. Quando se tratar de poema ou texto teatral, quando uma linha ou mais for omitida, a omissão é indicada por uma linha pontilhada.

Ênfase ou destaque em citação: Para destacar palavras ou frases em citação, usa-se o grifo nosso após a indicação da fonte. Quando o destaque for do autor consultado, usa-se a expressão grifo do autor.

Incorreção de citação: no caso de detectar alguma incorreção ortográfica ou gramatical ou incoerência no texto, este deve ser transcrita como se apresenta, podendo ser acrescentada, logo após o erro detectado, a expressão latina (sic) entre parênteses, evidenciando, assim, que, o erro já constava no texto original.

Citação em rodapé: deve vir sempre entre aspas, independente de sua extensão, grafada em tipo menor e em espaço simples.

b) Citação indireta: transcrição livre do texto, ou seja, é a expressão da idéia de outro autor, com palavras próprias do autor do trabalho. O nome do autor citado vem entre parênteses, seguido da data. É facultativa a menção da página caso a fonte original de informação encontre-se em uma única página.
Exemplo:
A lei não pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma força ativa e parcialmente autônoma, a qual mediatiza as várias classes e compele os dominantes a se inclinarem às demandas dos dominados (GENOVESE, 1974).

c) Citação de citação: é a menção a um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Só deve ser usada diante da total impossibilidade de acesso ao documento original. A indicação é feita pelo nome do autor original, seguido da expressão “citado por” ou “apud” e do nome do autor da obra consultada. Somente o autor da obra consultada é mencionado nas referências bibliográficas.

Exemplo:
Segundo Hall e Stocke, citados por Lamounier (1984, p. 300), os fazendeiros, a partir da metade do século, já supunham que a força de trabalho escrava teria que ser substituída.
“Indivíduos que se sentem como uma espiga insignificante na máquina, se comportarão como uma espiga numa máquina, não produzindo idéias que trarão mudanças” (GARDNER apud FINI, p. 16).

d) Citação de dois autores: quando o trabalho é construído por dois autores, o nome dos autores aparece como fonte pesquisada seguindo a ordem de publicação na obra, separada pela letra ‘e’.
Exemplo:
De acordo com Nérie e Cachioni (1999, p. 113), “a população idosa é a de maior crescimento proporcional, hoje, no Brasil”.

e) Citação de três ou mais autores: quando o trabalho é construído por três autores ou mais, o nome do primeiro autor aparece como fonte pesquisada seguida por ‘et all’ ou ‘e colaboradores’.
Exemplo:
Azevedo e colaboradores (ou et all) (1998, p. 35), descrevem que “da perspectiva marxista, o âmbito dos problemas é translado do campo da idéia e do religioso para o campo da economia. O que diferencia o homem do resto dos seres vivos é o trabalho humano que transforma a natureza”.


REFERÊNCIAS:

FERREIRA, Eliane Fernanda Cunha e LIMA, Terezinha Bazé de. Iniciação à pesquisa educacional. Dourados: UNIGRAN, 2005.

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2007.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22ª edição. São Paulo: Cortez, 2002.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Organização do Projeto de Pesquisa: uma introdução necessária

Ângela Maria de Brito – FUNLEC
Terezinha Bazé de Lima - UNIGRAN
Primeiro Momento - A Escolha do Tema
Existem dois fatores, considerados por nós importantes, que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha:
Para a escolha do tema é importante levar-se em consideração:

A- Fatores Internos

1- A Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal.
Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.

2- O Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa.
Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa.

3- O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido.
É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.

B- Fatores Externos
1- A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais.
Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral.

2- O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho.
Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.


3-Material de consulta e dados necessários ao pesquisador.
Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.

Segundo Momento: Levantamento ou Revisão de Literatura
O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.
Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes, sites, associação de pesquisa na área específica do pesquisador, periódicos, anais de congressos.
Organização
Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa.
O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:

a - Nível geral do tema a ser tratado.
Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.
b - Nível específico a ser tratado.
Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. Verificar a existência de pesquisa acadêmica na área, consultando a biblioteca da Universidade onde existe cursos de graduação e pós-graduação na área (monografias, teses, dissertações).

Terceiro Momento - Problema e a Construção de hipótese
O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida ao longo da pesquisa, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta.

A hipótese é construída visando atribuir uma resposta prévia ao problema, estando ligada umbilicalmente ao problema da pesquisa. Sendo uma resposta antecipada, suposta, provável e provisória que o pesquisador lança através dos seus conhecimentos prévios e com o apoio da literatura estudada qual funcionará como guia para os passos que deverão ser percorridos na pesquisa. Como problema vem sempre me forma de interrogação, a hipótese deverá ser em forma de uma afirmação. Trata-se de uma suposição objetiva que o pesquisador faz na tentativa de explicar o que se desconhece.


Quarto Momento- Justificativa
A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e o problema levantado são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar o problema levantado, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento e aponta a relevância social da pesquisa.
Quinto Momento- Objetivos

A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.
Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias.
Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc..
Sexto Momento- Metodologia
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida durante o trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Assim sendo, deve contar: tipo de pesquisa, local da pesquisa, tipo de amostra (sujeitos), critérios para seleção de amostra, critérios de inclusão e exclusão, formas de coletas de dados (observação, entrevista, questionário, estudo de caso, etc) e formas de interpretação dos dados. Além disso, é preciso apontar os riscos e benefícios da pesquisa.
Materiais e métodos que serão utilizados na pesquisa.
Sétimo Momento- Cronograma
O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.
Os períodos podem estar divididos em: tempos maiores (meses, bimestres), neste caso utilizar o cronograma, em tempos menores (dias, semanas, quinzenas) neste caso utilizar o Gráfico de Gantt. A divisão do tempo será determinado a partir dos critérios adotados pelo pesquisador.



Oitavo Momento - Recursos /Orçamento

Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa.
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projeto.


Exemplo:


Descrição do material Quantidade Valor Unitário Valor Total
Papel sulfite A4 02 resmas R$ 14,00 R$ 28,00
Xérox 300 cópias R$ 0,10 R$ 30,00
Digitação 100 R$ 1,50 R$ 150,00
Encadernação Final (capa dura) 03 R$ 15,00 R$ 45,00
Fotos (revelação e filme) 01 R$ 30,00 R$ 30,00
TOTAL R$ 283,00


Nono Passo - Referências Bibliográficas
As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura. Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Exemplo:
BRASIL, MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasil, MEC-CEF, 1998. (DOCUMENTO OFICIAL).

COLOSSI, Nelson; CONSENTINO, Aldo; QUEIROZ, Etty Guerra de. Mudanças no contexto do ensino superior no Brasil: uma tendência ao ensino colaborativo. In: Revista FAE, Curitiba, v. 4, p. 49-58. jan/abr., 2001. (ARTIGO DE REVISTA)

FAZENDA, Ivani (Org.). Dicionário em construção: interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2001. (LIVRO)

RIOS, Terezinha Azeredo. Significado e Pressupostos do Projeto Pedagógico. Disponível no site: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_15_p073-077_c.pdf. Acesso em 16/02/2006 às 08:20hs. (ARTIGO DE SITE).

Décimo Passo- Anexos

Elemento não elaborado pelo autor, que documenta, esclarece, prova ou confirma as idéias expressas no texto. Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa ou por solicitação de seu orientador.
Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto. Exemplo: Anexo A – Questionário aplicado aos professores.



Décimo primo Passo - Apêndice
Elemento que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Os Apêndices devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.
Exemplo: Apêndice – Artigo publicado de sua autoria sobre o estudo que será realizado.


Resumindo...
Um Projeto de pesquisa, então deveria ter as seguintes características:
1 – Dados de identificação (obrigatório)
2 - Introdução (obrigatório)
3 - Levantamento de Literatura (obrigatório)
4 - Problema (obrigatório)
5 – Hipótese (obrigatório)
6- Objetivos (obrigatório)
7- Justificativa (obrigatório)
8- Metodologia (obrigatório)
9 – Riscos e Benefícios (obrigatório)
10- Cronograma (se achar necessário)
11 - Orçamento (obrigatório)
12- Referências (obrigatório)
13- Anexos (se achar necessário)
14 – Apêndice (se achar necessário)
Observação: O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter:
- Capa (obrigatório);
- Folha de Rosto (obrigatório);
- Sumário (obrigatório);
- Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima)
- Referências (obrigatório);
- Capa Final (obrigatório).